Exposição de produto: 7 dicas práticas para organizar o seu PDV

A exposição de produto é um dos elementos centrais na construção da experiência de compra no ponto de venda. Quando bem organizada, ela contribui para valorizar a marca, estimular decisões de compra e melhorar a navegabilidade do espaço. No entanto, quando negligenciada, pode resultar em perda de atenção, queda no giro dos produtos e baixa conversão.
No varejo físico, o PDV ainda é um território altamente competitivo e dinâmico. Estudos como o da POPAI indicam que mais de 80% das decisões de compra acontecem na loja, reforçando o peso estratégico da apresentação visual na jornada do consumidor. Em um cenário no qual a diferenciação se dá muitas vezes nos detalhes, compreender o papel da exposição de produto e adotar boas práticas é fundamental para marcas que desejam se destacar nas gôndolas, prateleiras e ilhas promocionais.
Neste artigo, reunimos algumas diretrizes que ajudam a organizar o PDV de forma mais eficiente, pensando na jornada do shopper, na usabilidade do espaço e no posicionamento da marca no varejo.
Entenda como o shopper circula pelo espaço
Organizar o ponto de venda começa por observar como o consumidor se comporta dentro da loja. Locais com maior fluxo — os chamados “pontos quentes” — merecem atenção especial na estratégia de exposição de produto, pois concentram o olhar e a ação de compra. Já os “pontos frios” podem ser explorados com ações específicas de visibilidade.
Esse mapeamento é fundamental para direcionar a disposição dos produtos de forma coerente com os objetivos da marca e com a dinâmica do canal de venda.
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Organize por categorias e facilite a leitura do espaço
A lógica de organização tem papel direto na fluidez da jornada. Quando os produtos estão agrupados de forma coerente — por tipo, ocasião de uso, perfil de consumidor ou complementaridade — o shopper consegue fazer escolhas mais rápidas e assertivas.
Uma boa exposição de produto não é apenas estética: ela também traduz a estratégia de marca, melhora a leitura do sortimento e favorece decisões por impulso ou por conveniência, que são comuns no ambiente de loja.
Trabalhe a altura e a visibilidade com estratégia
A altura dos olhos é uma das zonas mais valiosas no PDV. Produtos posicionados entre 1,20 m e 1,60 m do chão tendem a ser mais vistos e têm maiores chances de serem comprados.
É importante entender esse padrão para distribuir o sortimento de forma tática: itens novos, marcas em destaque ou produtos estratégicos devem ocupar esse espaço privilegiado. A exposição de produto, neste caso, funciona como ferramenta de direcionamento da atenção.
Use a comunicação visual como recurso de orientação e estímulo
A presença de sinalizações claras, chamativas e bem posicionadas pode influenciar o comportamento do consumidor sem a necessidade de abordagens diretas. Materiais como stoppers, faixas, wobblers ou toppers informam, orientam e valorizam os atributos do produto, sem interromper a jornada do shopper.
Essa camada de comunicação integrada à exposição de produto contribui para reforçar mensagens da marca e destacar diferenciais competitivos, além de padronizar o visual da loja.
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Integre acessórios e mobiliários ao layout
A escolha de expositores, displays e suportes faz parte da construção da experiência visual e funcional. Eles devem dialogar com o espaço físico, com o volume de produtos e com o comportamento de compra. Mais do que apenas apoiar produtos, esses elementos ampliam a capacidade de exposição sem comprometer a circulação ou a organização.
Clip strips, displays de chão, balcões ou prateleiras modulares são recursos que ampliam a flexibilidade da exposição de produto e ajudam a ocupar melhor áreas de alto impacto visual.
Mantenha o PDV organizado e em constante manutenção
Por mais que a exposição inicial esteja bem desenhada, é essencial garantir sua manutenção ao longo do tempo. Prateleiras desalinhadas, produtos desorganizados ou materiais danificados comprometem a percepção da marca.
Por isso, o trabalho de trade, visual merchandising ou gestão de loja precisa incluir rotinas de checagem, reposição e limpeza. A consistência visual reforça o posicionamento e transmite profissionalismo no ponto de venda.
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Considere o sensorial como parte da experiência de exposição
Luz, cor, som e aroma também impactam a percepção do produto e do ambiente como um todo. Experiências sensoriais — ainda que sutis — influenciam o comportamento do consumidor, aumentam o tempo de permanência na loja e despertam emoções ligadas à marca.
A exposição de produto integrada a elementos sensoriais torna a presença da marca mais envolvente e memorável, o que pode ser um diferencial competitivo em categorias com forte apelo emocional.
Quando a organização vira ferramenta estratégica
Melhorar a exposição de produto é mais do que deixar o ponto de venda “bonito”. Trata-se de estruturar uma narrativa visual coerente com os objetivos da marca, o comportamento do consumidor e as características do canal.
Em um mercado em constante transformação, onde o PDV segue como espaço decisivo para a conversão, ajustar a forma como o produto é apresentado pode ser o diferencial que separa uma marca esquecida de uma marca desejada.
Organização, clareza, funcionalidade e consistência são pilares para transformar a exposição em um ativo estratégico — e não apenas operacional — dentro da jornada de compra.
